ORDEM...
Não sinto mais minh’alma ensandecida,
No breu de tantas dores apanhada;
Adeus insano amor, há nova vida,
Prescrita para mim, bem receitada!
Tu foste a fatuidade, o mal, ferida
No peito que senti tão inflamada!...
A cura então, me veio assim fremida,
Nas asas da paixão bem renovada...
Eu hoje estou liberto dos enganos;
Refaço nas auroras, novos planos;
Apago dos meus sonhos o teu nome...
Avisto no porvir os lindos anos
Sem réstias destas dores, dos teus danos;
Sorrio ao ordenar-te: Vai-te! Some!
Arão Filho
São Luís-MA, 22 de Setembro de 2014.