NO CAMINHO DO FIM
De partida para um canto qualquer do mundo,
deixando para trás manhãs e noites,
levando lições de valores incertos...
Barganhando vales férteis por desertos.
Se a fonte deixou de jorrar pudor e respeito,
se as raízes do bem foram destruídas,
de que serve semear novos canteiros...
Na forca da ignorância, ser o último ou o primeiro.
Pisando sem pressa o pó do caminho,
sem fome, sem sede e sem pensamentos,
galho seco jogado em fogo ardente.
Numa terra de vícios e almas marcadas,
numa sociedade suja e esfarrapada,
é melhor seguir sem deixar semente.