EU NÃO SEI FAZER SONETOS
Não, eu nunca soube fazer sonetos.
Apenas agrupo palavras tontas
Cuja busca maior é ter sentido,
Como têm as histórias que me contas.
A tais letras ouso chamar de versos,
Que se tornam o simulacro de um poema,
E te mostro envergonhadamente,
Pra que tenhas, de mim, alguma pena.
Em métrica e rima, és mestre e doutor,
Tens a destreza na composição.
Falas de amizade, cantas o amor,
Eu só conheço da desilusão.
Vejo o mundo pela ótica da dor,
Que sempre faz baço o meu coração.