Sábado
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Na permissividade, esbarrando no lícito;
o proibido, corrupto e inverossímil álibi,
esconde da senhora propósito implícito:
o tenuirrostro bico e vão pedido: cale-se!
É tarde... Deslumbrante e promissor é o sábado,
ao desmistificar o memorável Sêneca...
De saudosa ebriedade, embalada em minha ágora,
cambaleante no tempo, ao ser cravada, trêfega.
Sábado. Seja leve e me levite, sábado!
Sou porto, vil viandante, aportando em alfândegas...
Esquivando-me, sim, de acolhimento trôpego.
E que a senhora tola e cúmplice, sem fôlego;
frívola em sua volúpia e rosto tenso e pálido,
aflore e se proclame assim: poupando escândalos.