17.433 AURORAS...

Uma, duas, três auroras... Com o olhar cerrado

Um recém chegado... Em calmo lago, viajante

Largo ventre puro ao líquido de afago instante...

Logo sendo aconchegado... Num silêncio amado...

Outras mil auroras eu vivi... Esfomeado

Muitas outras experimentei... Num choro errante

Sendo outras tão cinzentas vagas sussurrantes...

E por cada aurora, meu olhar se fez vergado...

Ó auroras minhas, cada uma lentamente

Se levanta humildemente, sem o céu rogar

No langor da minha mente, vem me aliciar...

Uma luz me acalma à janela ao despertar

Se algum tempo em seu vagar, me foi um dia ausente

Eu jamais deixei de amar meu ser, completamente...

Autor: André Pinheiro

20/09/2014