Amada Imaterial
Aquela, que eu amo, vem refeita
De delírios e de rosas sanguíneas,
tem no corpo a forma lânguida e feita
Da antiga Afrodite de fronte retilínea.
Não é a Musa, cuja anca insuspeita
Compõe líquidos das mortais felídeas
Nem da deusa do Olimpo tão satisfeita
Num corcel branco na caçada sanguínea.
A ela então indago e não mais desatino
Qual será o amor que vai saciá-la
Que caminho vai trazê-la ao meu destino.
Numa miragem de beleza não atino
Nascente paixão de tanto amá-la
Claridade de ilusão imaterial sem tino.
HERR DOKTOR