Fortis in arduis
A noite cai; meus lavores tendo encerrado,
À cama deito-me. Antes de adormecer
Na forma de lágrimas deixo escorrer
As mágoas que em meu peito tenho acumulado.
Penso em todos aqueles que hão me insultado
E que ainda não o deixam de fazer,
Com sua inveja ambicionando escurecer
A Luz com que pelas Musas fui dadivado –
Mas por mais que tais Zoilos façam-me chorar,
Nunca lograrão em seu traiçoeiro intento!
As lágrimas sempre haverei de enxugar,
A cada vez recuperando meu alento
E ânimo, redobrados, para lutar
Jamais pensando em sucumbir um só momento!