VERSOS DERRADEIROS
Guarda-me os versos... E a candura
das palavras proferidas em sentimentos.
O fascínio, o instante, cada momento
que juntos edificamos com ternura..
Guarda-me o encanto... E a formosura
das vezes q'eu jurei em contentamento.
Cada expressão de amor em alumbramento
que por vezes cantei... Em doçura.
Leva-os contigo aonde fores!
E caso n'algum momento te assolar as dores
Faze-os qual teu melhor lenitivo.
Busca-os num passado distante...
Num tempo em q'eu me fiz amante,
E me ignorasses... Em definitivo!
Puetalóide
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RENASCER
Foms felizes... tanto, pois nos amávamos.
De repente, tudo mudou... onde o sentimento?
Fui eu? Foste tu? Onde foi que erramos?
Nem mais um olhar de carinho... só tormento.
Aí fui embora, sem ouvir teus apelos, clamores.
Não medi o quanto me amavas, o fascínio,
as canções, a ternura dos dizeres, os ardores
a tua doçura e carinho naquele idílio...
E agora... passado distante, ainda quanta dor!
A lembrança de tantos momentos inesquecíveis
na alma ecoando, em sofrimento, chama de amor.
... Guardarei de ti tudo, inda que falte enfim
coragem prá te pedir carinhos... insensíveis
pois morreu em ti o afeto, mas renasceu todo em mim...
Simplesmente Romântica
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BÂLSAMO DE TERNURA
Trago guardado com carinho
Os versos, e toda a ternura,
Que você dedicou, a formosura...
Momentos em que o deixei sozinho.
As juras feitas entre espinhos,
Que machucaram sua alma pura,
Deixando marcas e tristuras,
Foi muita dor, eu advinho.
Trago, como se fosse uma armadura,
Contra as dores e tantas decepções,
Contra males deste mundo de ilusões.
E entre tantas agruras e desilusões,
Busco no fundo de minhas recordações:
Sua alma repleta de ternura!
Adria Comparini