Ego da vaidade
Eu tenho que ficar bonito
E prender meus cabelos cachos
Destelhar o meu ser esquisito
Para mostrar que não sou despacho
Mas alguém me prende a poesia
Me tira tanto esta liberdade
De viver do jeito que eu queria
Andar a pé no ego da minha vaidade
Não me assusta efeito vaga-lume
Que a sombra custa um fecho-luz
Assombração que nunca se assume
Entardecer o que a sorte conduz
Não espere eu tirar do costume
O mais único Cristo da Cruz.