Ego da vaidade

Eu tenho que ficar bonito

E prender meus cabelos cachos

Destelhar o meu ser esquisito

Para mostrar que não sou despacho

Mas alguém me prende a poesia

Me tira tanto esta liberdade

De viver do jeito que eu queria

Andar a pé no ego da minha vaidade

Não me assusta efeito vaga-lume

Que a sombra custa um fecho-luz

Assombração que nunca se assume

Entardecer o que a sorte conduz

Não espere eu tirar do costume

O mais único Cristo da Cruz.

Darlan Leal
Enviado por Darlan Leal em 19/09/2014
Código do texto: T4967807
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