O ROUXINOL
Estava um rouxinol todo contente
A cantar de manhã, num lindo dia
De sol, que parecia até magia,
Pois me contagiava a alma e a mente.
E preparada estava a vil serpente
Para o tentar caçar na calmaria,
Que assim já se encontrava em sintonia
Com o seu instinto sempre tão prudente.
E eu, que estava próximo da cobra,
Com a enxada, cortei-a assim ao meio,
Na aventura arriscada da manobra!
E assim o rouxinol de bom paleio,
Pôde cantar a sua grande obra,
Porque de amor no bico estava cheio.
Ângelo Augusto