SONETO PRA QUE TE QUERO
Andas por aí, perdido em todo o lado,
Qual vagabundo entre terra e céu
Mascarado por indelével véu
Ficando a cada hora acorrentado.
Andas por aí, exposto e desnudado,
Fingindo de estandarte e até troféu,
Mas, como escravo feito Prometeu,
Não consegues vencer teu triste fado.
E prenhe d´ emoções em poesia,
Ó Soneto, tu que foste imperial,
Permite que por ti me faça austero…
- Escuta bem: sem b´ leza e harmonia
E sem o valor e o brilho de cristal,
Soneto, meu irmão, pra que te quero?
Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE