PRECIOSA

Não quero dizer nem posso, que é como a nuvem branca

Posto que é céu, dos dias de tempestades

Que é portão aberto, que sem ferrolho nem tranca

Que tem passagem livre, como convém às Potestades!

Com o lábio rubro e as melenas em fogo

Rainha sanguínea, gênia felina, angélica quimera

Que se espalha no leito, como nos campos o sorgo,

Em beijos calcinantes desfaz e repõe, transcende e reverbera!

Ave rara colorida, diáfanas plumas de desejo

Uma jaguatirica albina, com garras de pantera e olhos de menina

Teu riso é o canto com que crias a fantasia e teu grito, desfaz mundos e rasga sonhos

Cada gota de tua divina essência é como o raro, cintilante e ambarino poejo

Provoca a dor atroz e a morte, em teus fados medonhos

Mas traz cura, refresca e purifica a todos, o que é tua mais nobre sina!

Mah Mendonça
Enviado por Mah Mendonça em 18/09/2014
Reeditado em 18/09/2014
Código do texto: T4966148
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