SOB PATAS LEONINAS
Devorava-me o cérebro um leão
Feroz, com garras e dentes afiados.
Não pudera ouvir-me antes os brados,
Roucos protestos de um louco ancião!
Convinha-me tomar precaução
Contra atitudes e gestos irados:
Não erguer pra ninguém dedos enrugados
E evitar ofendera outros em vão!
Mas não pude conter-me, é o que lhes digo,
Melhor seria sofrer logo o castigo
Que nos aguarda a todos nas esquinas...
Mas...que destino é esse que me vem:
Não morrer pelas mãos cruéis de um homem
Mas padecer sob patas leoninas?!?