Liberdade
 
Oh! Vento! Vento que, tão só, meneia,
roçando as folhas verdes do arvoredo...
Ai! Conta-me! Revela-me o segredo
de seu viver liberto, assim sem peia.
 
Oh! Vento que revira grãos de areia
e brinca sobre as pontas do penedo,
que leva no seu colo o passaredo, 
meu ser, por liberdade, implora, anseia.
 
Da vida, eu sou vassala, prisioneira,
caminho, sem destino, em sua esteira,
levando, dentro em mim, paixão, saudade.
 
Quisera ser etérea, livre e forte,
acompanhar-lhe, ao léu, de sul a norte,
e conhecer a paz da liberdade.
 
Brasília, 16 de Setembro de 2014.
 
Absinto e Mel, página 86
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/09/2014
Reeditado em 06/08/2020
Código do texto: T4964154
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