ADUBO PARA MARGARIDAS.

Eu quedo as vistas nesta cena me vem o encanto.

A minha íris transpassa o fosco desta matéria,

E a minha alma sofre a emoção deita o pranto,

Tantas razões não se discutem, pois são quimeras.

Folhas pequenas em cores diversas fragilizadas,

Mas no entanto ah uma beleza em seu poder,

Que a sapiência de um ser humano fica peada,

O simples instinto não nos permite compreender.

Em outras órbitas seremos fonte e não dejetos,

Onde o projeto fica mas próximo da divindade,

E as sensações terão mais fórum nos objetos.

A cada dia eu me faço menos matéria em vida,

Nasço em essência pra um porvir tanto esperado,

Este meu corpo será um adubo para margaridas.

LUSO POEMAS 03/10/14