Desengano
Amei, sonhei... Também errei... Então ignoras?
Se trouxeste a ilusão das primaveras!...
Mas não te culparei... me perdi em eras,
vivendo esse amor vil que só a ti implora.
Culpado foi esse amor que não quiseras,
a chegar sorrateiro, sem tempo e hora.
Como o vento soprou, que faço agora?
Por ele construí tantas quimeras!...
Amei, sonhei... Também errei... e resvalo
por este triste abismo,ó desengano!
Tão só e tão solitária, então me calo.
Afinal que dizer? Tudo me inquieta;
tu jamais voltarás... Findam-se os planos...
Vivo sem ilusão e a saudade aperta.
( Imagem: facebook)