Soneto da Morte
É a prisão perpétua dos desenganos,
O bálsamo das amarguras e do menosprezo,
Pois que, abate os egoístas e os profanos,
E apazigua nossas dores e o desprezo.
É o outro lado que só nos passa na mente,
E só descrevemos, porque supomos,
Que seja isso que se sente,
A sensação de sermos o que não somos.
Despidos da carnalidade e do mundanismo
Da arrogância, as nossas vestes caírem
Então seremos para sempre ausentes,
Esquecidos mortos pairando ao abismo
Do esquecimento quando os frios rirem
E de frieza tomados, mostrarem os dentes.
Autor; Gionaldo Lopes