INJUSTA PENA!
INJUSTA PENA!
Silva Filho
Um passarinho preso injustamente
Passou a cumprir pena na gaiola
Seu defensor não pôde estar presente
Restando a alpista – como esmola!
Voar... voar... sempre foi o seu destino
Pegar comida nas mãos da Natureza
Beber a água no riacho cristalino
Olhar – de cima - o que temos de beleza!
Quer o verdugo ter direito exclusivo
Do belo canto que se ouve pela mata
Desse artista que passou a ser cativo!
A Natureza perde um filho na “cascata”
De um perverso com discurso afetivo,
Que não esconde a tendência escravocrata!