Já não sei

Já nem mesmo sei se és um anjo ou um demônio
Que se apossou inteira de mim, de minha vida,
Por vezes te mostras amena, outras atrevida,
Por vezes como pesadelo, outras como sonho.

Assim como te mostras sempre, em ambigüidade,
Desnuda só para mim, mesmo estando vestida,
Encoberta por tênues nuances, quando despida,
E mostras tudo que és e que tens nesta dualidade.

Por vezes, este oceano de paz e calma se rebela,
Em ondas incontidas que explodem em meu peito,
E te exprimes com toda pureza de alma tão bela.

Amo-te assim como és, de meios tão controversos,
Mercurial ao nos amarmos neste amor perfeito,
Que canto a sussurrar a teus ouvidos meus versos.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 11/09/2014
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