FICAR ANTE A CURVA.

O meu poder trocado em fumo não enche um pito,

Não obstante eu te desejo como um instrumento,

Para dosar o meu desmando vindo do espírito,

Aos quais as carnes sonegam os meus comandos.

Sonhar contigo me traz incômodos é alucinógeno,

Mas não consigo barrar o teu ser nos pesadelos,

Melhor seria que eu convertesse-me num andrógeno,

Sem as emoções para tratar com todos os zelos.

Nas bruxarias transformam-se casos em utopias,

Faz-se um castrado ate pelo rastro mesmo a revelia,

Minando aos pertences que asseguram sua ousadia.

Quero fazer uma regressão marcar outro ponto,

Ficar ante a curva que me impeça ver o teu vulto,

Ver no horizonte focos anônimas não provocantes.

LUSO POEMAS 11/09/14