_ Flamígeros momentos _

Não sei como explicar o amor que sinto;

É um sentimento enorme, tão profundo...

(Quisera, enfim, poder bradar ao mundo,)

Dizer como é tão lindo o que pressinto!

Pressinto que este ardor será inextinto:

Nos vales, nas montanhas, num além-mundo...

Deveras, este amor é o mais fecundo...

De todos os amores — mui distinto!

E a vejo nos flamígeros momentos,

Tal qual rubente flor — constantemente,

Co’as pét’las reluzindo os movimentos!

E afirmo à estrela, mui saudosamente:

Que ali, nu’a espuma habita o firmamento,

P’ra qu’eu a adore sempre suavemente!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 08/09/2014
Reeditado em 23/09/2014
Código do texto: T4954382
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