_ Flamígeros momentos _
Não sei como explicar o amor que sinto;
É um sentimento enorme, tão profundo...
(Quisera, enfim, poder bradar ao mundo,)
Dizer como é tão lindo o que pressinto!
Pressinto que este ardor será inextinto:
Nos vales, nas montanhas, num além-mundo...
Deveras, este amor é o mais fecundo...
De todos os amores — mui distinto!
E a vejo nos flamígeros momentos,
Tal qual rubente flor — constantemente,
Co’as pét’las reluzindo os movimentos!
E afirmo à estrela, mui saudosamente:
Que ali, nu’a espuma habita o firmamento,
P’ra qu’eu a adore sempre suavemente!
Pacco