Delírios Póstumos
Quando fores morrer, ó bela Bruna,
Em teu escuro e marmóreo túmulo então
Tiveres no aposento o oculto irmão
Um sepulcro ermo e uma vil tribuna.
Quando o seixo premer tua particular fauna
E teus confins sensuais lânguidos perderão
As formas belas da vida no teu coração
E os pedaços forem tragados em carne una.
O túmulo do abandono na próxima cruz
Porque o jazigo sempre há te esconder
Nas noites intermináveis do teu sono.
De que valeu ser a decaída tocha sem luz
Ao término da vida tentar se envolver
Como verme a roer teu corpo no abandono.
Herr Doktor