LIBERDADE!

Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura

No âmago de cada ser floresce

Trazendo consolo, como uma prece,

Aos que bebem o fel da ditadura

Quem te deseja, porém, se esquece

Qual o preço para tal propositura

Provar do amargo para ter a doçura

Duas faces é o que se oferece.

Vem o exemplo do macho da aranha

A natureza ensina e não falha

A vida, pela vida, ele barganha.

Então venha, mesmo com tua mortalha!

Se com a morte a liberdade se ganha,

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

(O primeiro e o último verso são de autoria de Machado

de Assis, lançando o desafio para se completar o soneto)

OSWALDO DE SOUZA
Enviado por OSWALDO DE SOUZA em 04/09/2014
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