Calvário
Dedico esse soneto ao menino:
Bernardo Boldrine
brutalmente assassinado.
Calvário
Vivendo o túmulo negro da solidão
E os meus Gritos, ninguém escuta,
Os pés no calvário é eterna labuta,
O amor que eu preciso é escuridão.
Abro a cova com carinho tropego,
Saio da terra quase semi-morto,
Minh'alma é mais caminho torto
Respirei fundo, buscando fôlego.
Estou vivo, respiro ar que resta,
O que me faltava viram mares...
E a "terra" vai enterrando ares.
Feito pés de Cristo no Calvário,
Nos melancólicos sóis dos dias...
O Calvário de tantas covardias.
Tony Bahi@.