SAUDADE
Silêncio na casa. Até a solidão dormia!
De repente batidas na porta. Devagar
atravessei a sala indecisa... quem seria?
Abri a porta. A saudade querendo entrar...
Licença não pediu. Sentou-se ao meu lado,
começou falar... e eu, só a ouvir enfim...
...eis que era outro lugar, no passado...
havia música, doces acordes até mim...
...dia de sol, brisa a balançar coqueiros,
O mar ia e vinha na areia, num molhar
pés de menina, olhos sonhadores, brejeiros...
A música era de mares, hoje tão distantes
mas por ela até me deixei levar e embalar...
Ah saudade! Me fez feliz por instantes...