Nova Nocturna
Nova Nocturna
(Soneto)
Um novo vaticínio garatuja
Quando já todos dormem e descansam;
A meus ouvidos frágeis, a coruja,
Com paz que nunca os homens em si alcançam.
Vem para me dizer que a tempo fuja,
Dos males que me enredam e me entrançam.
Que seja como ela, ágil maruja,
Caso acordem obstáculos que avançam!
Seu declamar escuto… sua trova,
Atento e com a crença sempre ao lado,
De cada vez que o aviso em mim desova.
Pois sei, que só por bem me traz a nova,
Para que da amarugem apartado
Eu fique, e lhe prepare a tempo a cova!
André Rodrigues 28/8/2014