Doses

Bendita seja a lua que nos vê,

Bendito seja o sol que nos colora,

Bendita a chuva fina que nos lê

Maldita a solidão que nos decora.

Maldito o tempo afoito a ir embora,

Maldita a vagareza da TV,

Maldito o ceticismo de quem chora,

Bendito o otimismo de quem crê.

Eu vivo maldizendo e bendizendo,

E o mundo segue assim me oferecendo

A bênção e também a maldição.

Há sempre sobre ti doses das duas:

Benditas são as noites que são tuas,

Malditas são as noites que não são.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 27/08/2014
Reeditado em 07/10/2020
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