QUEIXUMES...
D’alto, a floresta com seu verde manto
Bordado em mil cores, parada, espia
A marola, bamboleante e esguia,
Deixar n’areia seu último encanto.
Que liberdade tem a areia e o mar!
Suspira amarga, em queixume profundo.
As águas soltas vão correndo o mundo
E a’reia sempre muda de lugar!
A areia e o mar, no vaivém enjoado,
Vendo a floresta bem lá nas alturas,
Comentam entre si as suas agruras:
Triste sina, cruel é nosso fado,
Lá em cima, a mata, no solo grudado,
Quem dera ter semelhante ventura!