QUEIXUMES...

D’alto, a floresta com seu verde manto

Bordado em mil cores, parada, espia

A marola, bamboleante e esguia,

Deixar n’areia seu último encanto.

Que liberdade tem a areia e o mar!

Suspira amarga, em queixume profundo.

As águas soltas vão correndo o mundo

E a’reia sempre muda de lugar!

A areia e o mar, no vaivém enjoado,

Vendo a floresta bem lá nas alturas,

Comentam entre si as suas agruras:

Triste sina, cruel é nosso fado,

Lá em cima, a mata, no solo grudado,

Quem dera ter semelhante ventura!

OSWALDO DE SOUZA
Enviado por OSWALDO DE SOUZA em 26/08/2014
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