Soneto de Tristeza
Apenas alimento-me de ilusões
E com a dor destinada a ferir-me
Permaneço isolado por prisões
Sobe o castigar do tufão que guarda-me
Ai, noturno que castiga meu ser
Alimenta-se das sombras de minha dor
E mesmo eu lutando pra vencer
As lembranças trazem-me o desamor
Maldita ferida, chaga incurável
Torna-se elegia neste peito
E mesmo eu não sendo perfeito
Mereço o castigar deste fel?
Açoita-me as veias com jeito
E cobre-me com o calar de teu céu.
Recife, 25 de Agosto de 2014.