Amar !
Eu quero amar, amar perdidamente
Para tão brevemente desdenhar
Eu quero em amor sempre vagar
Em bocas que me tem por confidente
Nada na vida dura permanente
Nos sobra só historias pra contar
E eu quero deste conto encontrar
Desejos deleitosos e fremente
Já bem dizia Florbela nada dura
Que o amor a primavera se afigura
E é preciso viver assim florida
Que a morte nos investe frio, duro
Se o inverno nos reserva o futuro
Que seja o meu presente sem medida