AMEI VOCÊ NA CASA BAGUNÇADA
Amei você na casa bagunçada
Por entre livros, roupas e talheres
Rolamos como gente relaxada
Naquele lixo, os mais sujos dos seres
Amei você na casa abandonada
O que nos importava eram os prazeres
Pura luxúria, até virarmos nada
Sem compromissos, sem quaisquer deveres
Parecia que houvera um furacão
Restos de refeição, copos, cinzeiros
A morada, realmente, era malsã
Contudo, de repente, sem opção
Voltou-nos o desejo e os desesperos
Deixando a arrumação para amanhã