O boneco

Eu a imagem que não se tocou,

A esperança que nunca cessou,

A fantasia que nunca tangi,

Pois é a minha nostalgia de fingir...

O boneco é o cantador inanimado,

É a ave que morre e renasce,

É o sonho que se realizou calado

E mudo n sua eterna arte...

Se eu fizesse um boneco de mim,

Teria mais cuidado em me criar,

Transformando o chorar em sorrir...

Mas tudo não passa de um espraiar

O pensamento que espero um dia vir

Para o meu boneco avivar...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 23/08/2014
Código do texto: T4934350
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