_SOMBRAS DO TEMPO_

Súbito, o êxtase ante tanto esplendor

Emergindo dos verdes e se destacando

Em camadas de alva seda e doce olor

Mágicas mãos da Natureza a moldando

Não, outra não há em graça a lhe opor

Ao passar da brisa, bailarina levitando

Mistério do existir habitado em uma flor

Etérea visão, a percepção estonteando

As frias e malévolas sombras do tempo

Soturnas a seguiam, fazendo a escolta

Ainda botão, o efêmero se lhe imprimia

Murcharão as pétalas, irão com o vento

Arquitetada obra tão perfeita nunca volta

Dor! A seu lado, outro jasmim, seco, caía.

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 23/08/2014
Reeditado em 24/09/2014
Código do texto: T4934141
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