_SOMBRAS DO TEMPO_
Súbito, o êxtase ante tanto esplendor
Emergindo dos verdes e se destacando
Em camadas de alva seda e doce olor
Mágicas mãos da Natureza a moldando
Não, outra não há em graça a lhe opor
Ao passar da brisa, bailarina levitando
Mistério do existir habitado em uma flor
Etérea visão, a percepção estonteando
As frias e malévolas sombras do tempo
Soturnas a seguiam, fazendo a escolta
Ainda botão, o efêmero se lhe imprimia
Murcharão as pétalas, irão com o vento
Arquitetada obra tão perfeita nunca volta
Dor! A seu lado, outro jasmim, seco, caía.
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