Quadro abstrato

O amor das almas gêmeas é o delírio do poeta,

Vem o sentimento da eternidade amorosa

E surge um poema, franzido de escritor esteta,

Mas a dor de jamais se ver nessa fantasia bondosa...

Faz o coração jorrar de tristeza e as lágrimas rolam,

O coração palpita à presença da mulher de hoje,

Mas a de sempre é a de nunca e as rosas exalam

O odor dos dias vindouros que se passarão sempre...

Mas a boemia dos amantes e dos casais faz um sorriso

E a melancolia dos tempos eternos recomeça o sonho

E a eternidade surge num poema-aquarela de um quadro abstrato...

Então, tento mostrar a arte de consolar-se num riso,

Uma forma de amar as sereias e cantar ou soar um grito medonho:

O de amar sem esperar que real seja o sonho de que trato...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 22/08/2014
Código do texto: T4933180
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