Quadro abstrato
O amor das almas gêmeas é o delírio do poeta,
Vem o sentimento da eternidade amorosa
E surge um poema, franzido de escritor esteta,
Mas a dor de jamais se ver nessa fantasia bondosa...
Faz o coração jorrar de tristeza e as lágrimas rolam,
O coração palpita à presença da mulher de hoje,
Mas a de sempre é a de nunca e as rosas exalam
O odor dos dias vindouros que se passarão sempre...
Mas a boemia dos amantes e dos casais faz um sorriso
E a melancolia dos tempos eternos recomeça o sonho
E a eternidade surge num poema-aquarela de um quadro abstrato...
Então, tento mostrar a arte de consolar-se num riso,
Uma forma de amar as sereias e cantar ou soar um grito medonho:
O de amar sem esperar que real seja o sonho de que trato...