DEVANEIOS POÉTICOS
Ah os devaneios de um poeta que cria
que vive num mundo paralelo, irreal.
Seu sonhar é fecundo. Somente se fia
no acontecer que tece, o viver ideal.
Os mares que ele navega são praias
onde as ondas se elevam muito alto
e cavam fundas crateras, de arraias,
peixes voadores, fantasmas, num cobalto
que cor alguma jamais poderá imitar.
Sua alma, alça voos estranhos, rasantes.
Seus amores então, só existem no volitar...
E eu, como todo bom poeta, vivo a sonhar.
Me perco no meu próprio mundo de instantes.
Essa, foi a melhor forma que achei, de amar!