Soneto à Chuva



Hoje já choveu muito, desde cedo.
Amanheceu cinza o dia; já chorava;
Do Universo, as lágrimas no lajedo
Frio, caíam e molhavam o rosto da terra.

Verdadeiro chuveiro de brilhantes,
Despencando do céu feito chuvisco
Trazendo o perfume aromatizante,
Para embelezar esse imenso obelisco.

À chuva devemos respeito e amor.
Seu brilho de vida, como corisco
Quer salvar, na Terra, qualquer ocupante.

Oxalá o homem se inspire em ti, fator
De humildade e de solidariedade,
E siga em direção da humanidade.