A CORUJA

A chuva cai na pedra sempre suja,

Enquanto a noite foge para o dia

E ao mesmo tempo ouve-se a coruja

A cantar uma triste melodia.

Ela pousa na pedra gasta, cuja

Alma sente o receio de agonia,

E antes que a fria chuva já lhe fuja,

Vê a pedra na mesma sintonia.

O tempo que gastou a pedra dura,

Fez o mesmo ao encanto de amor dela,

Pois no seu canto já não mais perdura!

Resta que alguém de amor consiga vê-la

E que sinta a paixão de tal loucura,

Que a enxergue como a sua amada estrela.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 21/08/2014
Código do texto: T4930902
Classificação de conteúdo: seguro