“AOS VIVOS”
Da dissolvência somatopsíquica do ser,
A morte, que leva o homem a putrefação,
Não há como fugir, não há onde se esconder,
Não pode o ser vivo fazer dela abstenção.
Como não se doma o vento e não se pode deter
O tempo, para a morte não há sujeição,
Ela não é iludível, ela é cabal e o seu querer
Definitivo é provocar da vida a cessação.
A morte é a concretude da impotência humana!
A real materialidade da vida ela profana
E o homem consciente de sua finitude, gela...
Ela é universal, é inexorável e vai confranger
A todos. Enquanto estamos vivos vamos viver,
Pois, ela é invicta e a vitória final é dela.