UNIVERSO
Ergo a vista em linda noite que de estrelas o céu tece
Detendo-me na imensidão de pontos a brilharem incessantes
Pequeninos vaga-lumes que à distancia parecem
Enfeitando a abóbada com brilhos cintilantes
E me perco em pensamentos que se estendem em mil instantes
A meditar sobre a razão de visão tão delicada
Por que uma bela e doce noite enluarada
Pode trazer a tona questões tão intrigantes?
E minha compreensão faz-se ainda quimera
Em face de reflexões que em multidões me apanham
De um universo cuja grandeza não se acompanha
Cá de tão minúscula e jovem esfera
O Mestre disse: “ na casa de meu Pai há muitas moradas”
Seria o infinito universo o lugar de todas elas?