Inútil

Inútil

(Soneto)

Entrego meu empenho em qualquer luta,

Apesar de ferido, confinado.

O mal enfrento em sangue, lancinado,

Mas acabo a perder sempre a disputa!

Desistência nunca houve em mim… cansado,

Contra toda a rameira podre e astuta.

De que me valeu isso na labuta?

Derrota… só derrota! Chacinado!

Sou sempre aquela cara… aquele nome,

Que quando alguém se farta faz rasura,

Até que do raspar se apaga e some!

Feito sei que não fui para a mistura!

Talvez esquivo seja meu cognome,

Sou um inútil… comigo nada dura.

André Rodrigues 20/8/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 20/08/2014
Reeditado em 22/08/2014
Código do texto: T4930511
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