SONETO PARA NINGUÉM
Odir Milanez
Perdido entre palavras, pensativo,
pretendo no parnaso penetrar,
mas temo no poema haver motivo
que leve alguém num verso a se encontrar.
O primeiro quarteto. Apreensivo,
nos sentidos não sei me concentrar.
Desacredito o amor, se amor não vivo,
e o que não sou não ouso demonstrar.
Dois quartetos compondo, me remeto
às palavras pensadas, indo além
das quadras, ante os versos de um terceto.
As palavras repasso. Não há quem
possa dizer-se parte do soneto,
soneto que compus para ninguém...
JPessoa/PB
19.08.2014
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos à vida...
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