Cabelos Negros
Aquela prisioneira que me tem preso
Porque nela existo numa paixão ativa
Sempre vejo a rosa lívida e viva
Na suave cor amarela deste indefeso.
Quer pelo meu olho castanho ileso
Fosse ela tão bela e de mim cativa
Nos campos de flores da moça sativa
Num céu de amores no seu ínfimo defeso.
Parecem-me terríveis nos meus pavores
Rosto singular em olhos tão serenos
Negros como a noite e seus torpores.
Uma graça viva e neles mora os amores
Pêra no formato dos seios pequenos
Negríssimo os cabelos lindos pendores.
Herr Doktor