Cabelos Negros

Aquela prisioneira que me tem preso

Porque nela existo numa paixão ativa

Sempre vejo a rosa lívida e viva

Na suave cor amarela deste indefeso.

Quer pelo meu olho castanho ileso

Fosse ela tão bela e de mim cativa

Nos campos de flores da moça sativa

Num céu de amores no seu ínfimo defeso.

Parecem-me terríveis nos meus pavores

Rosto singular em olhos tão serenos

Negros como a noite e seus torpores.

Uma graça viva e neles mora os amores

Pêra no formato dos seios pequenos

Negríssimo os cabelos lindos pendores.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 19/05/2007
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T492890
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