Inocência de Saia

Um pouco de saia de muito assanhada

De pano não muito, mas muito alvoroço

Pelo pouco pedaço que favorece o espaço

Que sobra pra carne, que envolve o osso

E as duas pilastras já levam as saias

Que envolvem a estátua morna e formosa

Finge que ali mora pra proteger o pecado

Que teima em passear sem a prudência do lado

Vai bela forma, com teu ventre rosado

Adornado em saia que acompanha o gingado

Flerta com o vento que a flutua calado

Vai inocência, atormentar os desocupados

E os que prestavam a atenção até passar do teu lado

Veja quanto perder, no seu corpo é achado

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 18/08/2014
Código do texto: T4927682
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