Morto em vida
Meu riso se desfez como as flores
Sofrendo os rigores da estação
Ó tez penosa de minha escuridão
Exibe as feições de tantas dores
Se aquilo que é sagrado feito pão
Perder o prazer de teus sabores
A escuridão será por onde fores
Tal corpo frio, morto no caixão
Penosa condição estar morto em vida
Sepultando o que de mim foi graça
Mas sei que desta vida tudo passa
E todas as venturas são perdidas
Mas morto sem lograr da despedida
Eu vivo enlutado de desgraça