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O TREM DO NADA
Odir Milanez
 
 
Do trem do nada o apito, noite afora...
Noite afora, do trem do nada o apito.
Viajando o não-ser, vou indo embora,
com destino ao vazio, no infinito.
 
Seu apito me lembra a dor de um grito,
desses gritos que os loucos jogam fora,
ou então, frente à morte, quando o aflito
estertora a doença que o devora!
 
Não maneio nas mãos quaisquer bagagens,
pois meu destino é incerto desde agora,
quando deixo dos ventos as viagens.
 
Sem paradas, no tempo não demora
o seu ponto final, onde visagens
apitam seus apitos noite afora...
 
 
JPessoa/PB
17.08.2014
oklima
 
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos vazios...
 
 
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oklima
Enviado por oklima em 17/08/2014
Reeditado em 17/08/2014
Código do texto: T4926781
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