Um que de pecado

A pele em contato com o sol esparge perfume

E a cor morena tem um gosto doce de perdição

Admirando o contexto tudo em anseio resume

Um ar de mistério ronda a beleza da expressão.

No semblante uma atitude; às vezes é perdido.

Meus dedos quase deslizam carinho em sonho

E nos olhos há um segredo tão bem escondido

Ao arredor se enxerga um jeitinho tão risonho.

A aspiração esperta a navegar além do meu ser

E a consideração bate possante; ouve-se palma

É a maior e sincera ledice que provém da alma.

Um que de pecado, a fantasia não deixa de ser

Meus olhos descortinam e a mente se faz rouca

Quando pousam no contorno bem feito da boca.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 16/08/2014
Código do texto: T4925392
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