SONETO SEM EMENDA
É parda a tarde, espera mansa e fria
Nas folhas arde uma esperança morta
E o corpo sofre ao repicar dos sinos;
Guardo num cofre a dor de ser inútil.
Surge na tarde um bando de crianças:
Nos olhos arde a sede pela vida
E o ventre sofre ao repicar dos sinos;
Tiro do cofre um tanto de moedas.
Pedem-me água, rindo às travessuras;
Retorno, então, em busca de uma jarra:
Sobra-me a mágoa da esperança morta,
Porque é exígua a porta que se abre
Se, em dando a mão àqueles desvalidos,
Só mostro a trégua, ao repicar dos sinos.
nilzaazzi.blogspot.com.br
É parda a tarde, espera mansa e fria
Nas folhas arde uma esperança morta
E o corpo sofre ao repicar dos sinos;
Guardo num cofre a dor de ser inútil.
Surge na tarde um bando de crianças:
Nos olhos arde a sede pela vida
E o ventre sofre ao repicar dos sinos;
Tiro do cofre um tanto de moedas.
Pedem-me água, rindo às travessuras;
Retorno, então, em busca de uma jarra:
Sobra-me a mágoa da esperança morta,
Porque é exígua a porta que se abre
Se, em dando a mão àqueles desvalidos,
Só mostro a trégua, ao repicar dos sinos.
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