AO TE VER PASSAR
Ao ver-te nas manhãs, lá da janela
Ao perpassares ruas silenciosas;
Tu eras nos jardins iguais aquelas
Tristes flores. Tu eras uma rosa...
Eu nada te pedi, nos teus enfeites
Eu vislumbrei apenas tuas cores...
Sentindo eu na alma minhas dores
As transformei no peito em um deleite.
Não vias-me, no intuito lentamente
Seguias teu caminho, eu te fitava,
E não sentindo nada ias em frente...
Só eu ao ver-te assim todos os dias
Em mim sentia coisas diferentes;
Não sei se era tristeza ou alegria.