Uma História em Três Sonetos

Ele era um homem triste

E desiludido com a vida.

Nada fazia que ele fugisse

de sua interminável descida.

Entendia o carpem diem,

Porém, nunca o experimentará.

Não entendia os que alegre vivem

Pois a vida lhe parecia tão amarga.

Sozinho nas noites mais densas

Chorava e chamava a Deus,

Por um pouco de sua Benevolência.

Mas o senhor parecia ignorar

Todos os vários pedidos seus.

E assim, o homem tornava a chorar.

***

Certo dia o seu coração pesou,

ele abaixou a cabeça e chorou.

E na praça onde se encontrava

Alguém, de longe, o observava.

Do seu lado sentou uma moça

Que a princípio falou receosa:

- Já choraste tanto que fez uma poça,

Acho que precisas de uma mão amistosa.

O homem sentiu vergonha e raiva,

Não queria que o vissem naquele estado,

Mas estendeu a sua mão molhada.

A moça segurou com um sorriso

Forte, contundente e fixado

junto com seu olhar voraz e vivo.

***

O dia marcou o início da amizade.

O homem que um dia fora depressivo

Agora, estava entendendo a felicidade.

E perceberam que seriam mais que amigos.

A paixão veio brotou como uma flor

que na primavera exibe sua beleza.

E com esse grande e belo amor

O homem não soube mais da tristeza.

Carpem diem, aproveite o dia,

Era isso o que ele estava a fazer

seguindo com seu amor essa via

Que esmagou todo o seu sofrer.

O homem agora entendia

Essa linda e esburacada estrada do viver.