DEVANEIOS

Vendo o céu emoldurado

No retângulo da vidraça,

Eu sinto que o tempo passa

Em seu galope calado...

Como nuvens lado a lado,

Esvaindo-se em fumaça,

A vida torna-se escassa

Como um saquitel furado...

Vão-se o orgulho, a vaidade

E até a felicidade,

Perdidos pelos espaços...

E o amor que eu bem queria,

Como é que eu poderia

Tê-lo contido nos braços?

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 15/08/2014
Código do texto: T4923399
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